O que considerar antes de internar uma mulher com dependência química
Introdução: a importância de avaliar bem antes da internação
A internação de uma mulher com dependência química é uma decisão difícil, mas, em muitos casos, necessária para preservar a vida e proporcionar uma chance real de recuperação. No entanto, esse processo deve ser conduzido com muita sensibilidade e responsabilidade.
Antes de decidir pela internação, é fundamental compreender as necessidades específicas das mulheres em situação de dependência, além de conhecer os aspectos legais, médicos e familiares envolvidos. O acolhimento adequado e o respeito à dignidade são fundamentais nesse momento delicado.
Neste artigo, explicamos tudo o que deve ser considerado antes de internar uma mulher com dependência química.
1. Avaliação do grau de dependência e risco à saúde
O primeiro passo antes de internar uma mulher com dependência química é avaliar o grau de comprometimento físico e psicológico da paciente.
Algumas questões importantes a considerar:
- Existe risco iminente à vida, como overdose ou tentativas de suicídio?
- A mulher apresenta incapacidade de autocuidado?
- Há presença de comorbidades psiquiátricas, como depressão ou transtornos alimentares?
- O uso de substâncias compromete significativamente suas relações familiares, sociais e profissionais?
Uma avaliação clínica e psicológica completa é essencial para determinar se a internação é de fato a melhor opção ou se outras formas de tratamento podem ser tentadas inicialmente.
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2. A vontade da mulher e o tratamento humanizado
O desejo da mulher em se tratar é um fator determinante. Sempre que possível, a internação voluntária é preferível, pois aumenta as chances de adesão ao tratamento e de sucesso na recuperação.
Entretanto, quando a paciente nega a necessidade de ajuda e coloca sua vida ou de terceiros em risco, a internação involuntária pode ser considerada, conforme prevê a legislação brasileira.
É fundamental que, mesmo nesses casos, a mulher seja tratada com dignidade e respeito, em um ambiente acolhedor e humanizado.
Leia também: Internação involuntária para dependência química: quando e como é possível?
3. Aspectos legais da internação de mulheres com dependência química
A internação involuntária de uma mulher com dependência química deve seguir rigorosamente os critérios estabelecidos pela Lei nº 13.840/2019, que regulamenta o procedimento.
Requisitos importantes:
- A internação deve ser indicada por um médico.
- O prazo máximo da internação involuntária é de 90 dias.
- A família ou responsável legal deve ser comunicada imediatamente.
- A saída pode ocorrer a pedido da paciente, se estiver em condições de decidir, ou do responsável legal.
Além disso, é essencial respeitar os direitos humanos, evitando situações de violência, constrangimento ou violação da liberdade.
Link externo: Consulte a Lei nº 13.840/2019 na íntegra aqui.
4. Considerações sobre a estrutura familiar e rede de apoio
Antes da internação de uma mulher com dependência química, é necessário avaliar sua rede de apoio familiar e social.
Perguntas importantes:
- A mulher conta com apoio da família para o tratamento?
- Existem filhos ou dependentes que precisam de assistência durante a internação?
- Há risco de rompimento de vínculos afetivos importantes?
Em muitos casos, mulheres com dependência química são mães e cuidadoras, o que torna o processo de internação ainda mais delicado. O suporte familiar e social é fundamental para garantir uma recuperação mais sólida e uma reintegração bem-sucedida.
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5. Diferenças no tratamento feminino: abordagem específica
O tratamento de dependência química em mulheres possui especificidades importantes, que devem ser consideradas antes da internação.
Particularidades a serem observadas:
- Mulheres são mais suscetíveis a desenvolver quadros depressivos associados ao uso de substâncias.
- Muitas apresentam histórico de traumas, abusos e violência doméstica.
- Existe maior vulnerabilidade social e econômica.
- As necessidades de cuidado físico, psicológico e social são diferentes.
Por isso, é essencial que a clínica escolhida ofereça um programa de tratamento especializado para mulheres, com equipe multiprofissional preparada para lidar com essas questões.
Leia também: Por que o tratamento feminino precisa ser diferente? Entenda as particularidades
6. Escolha da clínica: o que observar?
A escolha da clínica de reabilitação é uma das decisões mais importantes antes de internar uma mulher com dependência química.
Aspectos que devem ser considerados:
- A clínica possui programas especializados no tratamento feminino?
- A equipe é composta por profissionais qualificados (psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais)?
- O ambiente oferece acolhimento e segurança?
- Existem atividades terapêuticas, educacionais e de reinserção social?
- A instituição segue todas as normas legais e sanitárias?
Na CTR2, contamos com um espaço acolhedor e programas terapêuticos específicos para mulheres, promovendo uma abordagem completa e humanizada.
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7. Preparação emocional da família e da paciente
A internação pode gerar sentimentos de medo, culpa e resistência tanto na mulher quanto em seus familiares.
Por isso, antes de internar uma mulher com dependência química, é necessário promover:
- Orientação psicológica para a paciente e familiares;
- Reforço da ideia de que a internação é uma oportunidade de cura e não um castigo;
- Envolvimento da rede de apoio para o sucesso do tratamento.
Um processo bem conduzido pode minimizar traumas e favorecer a adesão ao tratamento.
8. Continuidade do tratamento após a internação
A internação é apenas uma etapa do processo de recuperação da dependência química em mulheres. O planejamento pós-internação deve ser considerado desde o início.
Elementos importantes:
- Terapia individual e em grupo;
- Acompanhamento médico e psicológico;
- Participação em grupos de apoio, como Narcóticos Anônimos (NA);
- Reinserção social e fortalecimento da autoestima.
Garantir essa continuidade é fundamental para prevenir recaídas e consolidar os resultados obtidos durante a internação.
Link externo: Saiba mais sobre o trabalho dos Narcóticos Anônimos aqui.
Conclusão
A decisão de internar uma mulher com dependência química deve ser tomada com cautela, responsabilidade e muito acolhimento.
Considerar aspectos clínicos, legais, familiares e emocionais é fundamental para garantir que a internação seja um passo efetivo na direção da recuperação e da construção de uma nova vida.
Na CTR2, oferecemos programas especializados no tratamento feminino da dependência química, com estrutura completa e equipe qualificada para proporcionar acolhimento e cuidado integral.
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